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O Impacto da Reforma Tributária no Agronegócio: O Que Muda?

A Reforma Tributária traz transformações significativas para diversos setores da economia brasileira, e o agronegócio não está isento dessas mudanças.


      Por Aline. Amorim | Seg. 17 Mar 2025.

O novo modelo busca simplificar o sistema tributário, reduzir distorções e tornar a arrecadação mais eficiente. No entanto, há desafios e preocupações em relação à carga tributária e ao impacto nas cadeias produtivas. Neste artigo, vamos explorar o que muda para o agronegócio com a Reforma Tributária e como o setor pode se preparar para essa nova realidade.



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Principais Mudanças na Tributação do Agronegócio


1. Substituição de Tributos


Atualmente, o agronegócio é impactado por tributos como PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS. Com a reforma, eles serão substituídos por dois novos impostos:


  • Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): substituirá o ICMS e o ISS, sendo arrecadado pelos estados e municípios.


  • Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): substituirá PIS e Cofins e será de competência federal.


  • Além disso, o Imposto Seletivo (IS) será aplicado a produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.



2. Cesta Básica Nacional e Alíquota Zero


Uma das mudanças mais relevantes para o agronegócio é a criação da Cesta Básica Nacional, que contará com alíquota zero para produtos essenciais. Além disso, itens agrícolas e alimentos não contemplados na alíquota zero poderão ter redução de até 60% na tributação.


Itens isentos de tributação:


  1. Açúcar

  2. Arroz

  3. Aveia

  4. Café

  5. Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, além de produtos de origem animal (exceto foie gras)

  6. Cocos

  7. Farinha de mandioca e tapioca

  8. Farinha de trigo

  9. Feijões

  10. Fórmulas infantis

  11. Grão de milho

  12. Leite fluido pasteurizado ou industrializado, incluindo leite ultrapasteurizado, leite em pó (integral, semidesnatado ou desnatado) e fórmulas infantis definidas por legislação específica

  13. Manteiga

  14. Margarina

  15. Massas alimentícias

  16. Mate

  17. Óleo de babaçu

  18. Pão francês

  19. Peixes e carnes de peixes, exceto salmonídeos, atuns, bacalhaus, hadoques, saithes, ovas e outros subprodutos

  20. Queijos (muçarela, minas, prato, de coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, fresco não maturado e do reino)

  21. Raízes e tubérculos

  22. Sal

Itens com alíquota reduzida 60%:


  1. Amido de milho

  2. Cereais não contemplados com alíquota zero

  3. Crustáceos (exceto lagostas e lagostim)

  4. Extrato de tomate

  5. Farinhas, grumos e sêmolas de cereais

  6. Frutas de casca rija regionais, amendoins e sementes

  7. Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos

  8. Massas recheadas (incluindo instantâneas)

  9. Mel natural

  10. Óleo de soja, milho, canola e demais óleos vegetais

  11. Pão de forma

  12. Polpas de frutas sem açúcar e conservantes

  13. Produtos hortícolas, frutas e vegetais

  14. Sucos naturais sem açúcar e conservantes



3. Fim de Regimes Especiais e Benefícios Fiscais


Atualmente, o agronegócio se beneficia de regimes tributários diferenciados e incentivos fiscais, como a isenção de PIS e Cofins para insumos agrícolas. Com a reforma, muitos desses benefícios serão eliminados, o que pode elevar os custos de produção.



4. Não Cumulatividade e Crédito Tributário


A proposta da reforma prevê um modelo de não cumulatividade plena, permitindo o crédito tributário em todas as etapas da cadeia produtiva. Isso pode reduzir o efeito cascata da tributação e aumentar a previsibilidade dos custos para os produtores.



5. Impacto no Custo de Produção e Competitividade


A nova carga tributária pode representar um desafio para produtores rurais, principalmente para pequenos e médios empresários. Estima-se que a alíquota final do IBS e CBS fique em torno de 28%, o que pode representar um aumento significativo em relação ao modelo atual, que possui tributações diferenciadas para o setor.



Imposto Seletivo – produtos sobretaxados


O Imposto Seletivo, também chamado de Imposto do Pecado, será aplicado a produtos considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, resultando em preços mais altos para esses itens.


Itens com tributação extra:


  1. Bebidas açucaradas

  2. Bebidas alcoólicas

  3. Bens minerais

  4. Jogos de azar

  5. Embarcações e aeronaves

  6. Produtos fumígenos (cigarros e afins)

  7. Veículos



Benefícios e Desafios para o Setor


Benefícios:


  • Maior simplificação e transparência na tributação.


  • Não cumulatividade possibilita maior aproveitamento de créditos.


  • Redução da guerra fiscal entre estados.


  • Alíquota zero para itens essenciais pode ajudar na manutenção da competitividade.



Desafios:


  • Aumento da carga tributária para alguns segmentos do agronegócio.


  • Fim de benefícios fiscais pode elevar custos de produção.


  • Possível repasse de custos ao consumidor, impactando preços dos alimentos.


  • Necessidade de adaptação das empresas para novas regras fiscais.



Como o Agronegócio Pode se Preparar?


Para mitigar os impactos da Reforma Tributária, os produtores rurais e empresas do setor devem se preparar desde já. Algumas estratégias incluem:


  • Buscar assessoria especializada para entender os impactos da reforma no seu negócio.


  • Revisar a estrutura tributária da empresa para otimizar o aproveitamento de créditos fiscais.


  • Acompanhar as regulamentações complementares, que definirão detalhes da aplicação dos novos tributos.


  • Avaliar a possibilidade de investimentos em tecnologia para otimizar processos fiscais e administrativos.



A Reforma Tributária representa uma grande transformação para o agronegócio brasileiro. Embora traga simplificação e mais transparência ao sistema, os desafios relacionados ao aumento da carga tributária e ao fim de benefícios fiscais exigem atenção do setor. Dessa forma, é essencial que produtores e empresas se adaptem às novas regras e busquem estratégias para minimizar impactos negativos e maximizar oportunidades dentro do novo cenário tributário.


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